Essa é uma das perguntas que mais escuto no consultório.
Faz sentido: entender a reserva ovariana é um passo essencial para quem pensa em engravidar — agora ou nos próximos anos.

Mas afinal, o que realmente significa ter uma “boa” reserva ovariana?

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O que é considerado uma boa reserva ovariana?

Uma reserva ovariana considerada “boa” significa que ainda há uma quantidade adequada de folículos — e, portanto, óvulos — disponíveis nos ovários.
Mas não é apenas a quantidade que importa: a qualidade dos óvulos, que tende a diminuir com a idade, também é determinante.

De forma geral:

• Até os 30 anos, a maioria das mulheres apresenta uma reserva mais abundante.
  
• Após os 35 anos, a queda costuma se tornar mais evidente.
  

Ainda assim, cada caso é único. Só exames específicos podem oferecer uma visão clara da sua situação, ajudando a planejar com mais segurança o futuro reprodutivo.

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Quais exames mostram se minha reserva está boa?

A avaliação da reserva ovariana é feita por meio de exames simples e confiáveis:

Hormônio Antimülleriano (AMH)
Exame de sangue que pode ser realizado em qualquer fase do ciclo menstrual. Valores mais altos sugerem maior quantidade de folículos. De forma geral, níveis abaixo de 1,0 ng/ml já são considerados indicativos de baixa reserva.

Contagem de Folículos Antrais (CFA)
Ultrassom transvaginal realizado no início do ciclo menstrual. Mostra quantos folículos pequenos estão disponíveis para crescer naquele mês. Uma contagem menor que 5 a 7 folículos nos dois ovários costuma indicar baixa reserva.

FSH (Hormônio Folículo-Estimulante)
Dosado geralmente no 3º dia do ciclo. Valores mais altos podem indicar que os ovários estão exigindo mais estímulo para recrutar folículos, sugerindo queda da reserva.

Quando analisados em conjunto, esses exames oferecem um panorama bastante próximo da realidade reprodutiva da mulher.

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Sinais de que pode ser hora de avaliar

Nem sempre esperamos por sintomas, mas alguns fatores levantam a necessidade de investigar a reserva ovariana:

• Idade acima de 35 anos.
  
• Histórico familiar de menopausa precoce.
  
• Ciclos menstruais irregulares ou ausentes.
  
• Casos de endometriose.
  
• Tentativas de gravidez sem sucesso.
  
• Histórico de tratamentos oncológicos (quimio ou radioterapia).
  

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Como posso fazer esse teste na prática?

Você pode começar avaliando dois pontos-chave: sua idade e o resultado do exame de AMH.
Com essas informações, já é possível ter uma estimativa inicial da sua reserva ovariana.

👉 Para facilitar, criamos uma calculadora de reserva ovariana: basta inserir seus dados e obter o resultado em segundos.
(Link para a calculadora)(Link para a calculadora)

⚠️ Importante: esse cálculo não substitui a avaliação médica, mas pode ser um excelente primeiro passo para orientar suas escolhas com mais consciência.

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E se o resultado não for tão bom?

Receber a notícia de que a reserva ovariana não está dentro do esperado pode ser angustiante, mas não significa o fim do caminho.
A medicina reprodutiva oferece alternativas seguras e eficazes, como:

• Congelamento de óvulos – indicado quando ainda há tempo para preservar a fertilidade.
  
• Fertilização in vitro (FIV) – possibilitando formar embriões em laboratório e aumentar as chances de gestação.
  
• Ovodoação – uma alternativa viável e acolhedora quando a reserva está bastante reduzida.
  

O essencial é não adiar a avaliação. O aconselhamento reprodutivo ajuda a entender sua realidade de forma individualizada, equilibrando sonhos, expectativas e possibilidades médicas. Sempre que possível, evitar a postergação desnecessária da maternidade pode ampliar as chances de realizar o desejo de ter filhos com seus próprios óvulos.

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